sexta-feira, 1 de maio de 2009

Mensagem dos Movimentos Europeus da JOC para o 1º de Maio de 2009

Mais um ano em que celebramos o 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores.
Mais um ano. Revendo o passado, lembramos a luta dos trabalhadores de Chicago que em 1886 saíram para a rua, lutando pela jornada de trabalho de 8 horas diárias.
Mais um ano. No presente, saímos para a rua para proteger os nossos direitos.
Mais um ano. Perspectivando o futuro, saímos para a rua com a certeza de que é possível um mundo melhor.
Este ano, as comemorações do 1º de Maio são marcadas pela crise económica mundial. Crise causada pela ganância de alguns, pela injustiça e pela falta de humanidade imposta pelas regras do sistema económico. Uma crise que, como qualquer crise, é suportada pelos trabalhadores. Os trabalhadores enfrentam o desemprego, os contratos de trabalho temporários, a perda de segurança e de direitos.
A crise afecta, particularmente, os mais vulneráveis, tais como as mulheres, os jovens, os emigrantes. A crise afecta as nossas vidas aos mais variados níveis.
Ao nível do emprego, na Europa dos 15, morrem anualmente 430 jovens. Registam-se cerca de 40% dos acidentes de trabalho não mortais. Verifica-se a taxa mais elevada de desemprego, 20% entre 15 – 19 anos e 18% entre 15 - 24 anos (dados da Agência Europeia de Saúde e Segurança no Trabalho). Estes números referem-se a jovens com nomes e apelidos: como Thomas, jovem aprendiz electricista que morreu num acidente de trabalho; Susana, que perdeu um dedo ao cortar-se na máquina em que laborava; Maria, que teve de deixar o trabalho como cabeleireira devido a problemas de pele causados pelos produtos químicos com que trabalhava; Afonso, que apenas conheceu empregos de part-time ou Inês que não sabe o significado de um contrato de trabalho sem termo.
Ao nível da educação, a introdução da Área da Educação Superior Europeia significa a comercialização do ensino superior e a redução de oportunidades para a classe dos jovens trabalhadores. A directiva Bolkestein ainda constitui uma ameaça para os trabalhadores. A directiva de retorno de emigração Europeia torna claro que a Europa envia grupos de emigrantes para outros continentes, reduzindo seres humanos a simples peças de mercadoria que, mal se tornem desnecessários, serão reenviados aos lugares onde nasceram. Esta traduz outra causa de vergonha para o nosso continente.
Apesar de tudo o que já foi dito, temos de manter a esperança viva. A Esperança que está contemplada no plano de acção concreto que nos traz o Reino de Deus. Factos como a rejeição da directiva Europeia do horário de trabalho das 65 horas semanais são sinais de esperança que confirmam o que Ele nos disse: “Eu ouvi o clamor do meu povo” (Ex 6,5).

1 comentário:

Richard David Price disse...

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Rick